Mais simples, silenciosos e menos poluentes, os veículos 100% elétricos ainda não se popularizaram no Brasil. Em comparação com outros países, esse mercado por aqui ainda é incipiente e se esbarra em alguns fortes obstáculos.

Enquanto algumas nações como o Reino Unido, por exemplo, aprovam legislações planejando banir o carro a combustão de sua frota até 2030 (algo que não seria muito possível no Brasil), nós ainda patinamos em questões básicas como o elevado preço e a falta de infraestrutura que possibilite sua adoção em massa.

Primeiramente, vamos à questão do preço: o preço de um carro importado no Brasil é composto em média por 30% de tributos, levando-se em conta apenas os incidentes no momento da compra. Considerando-se que os carros elétricos ainda são um pouco mais caros de serem fabricados do que os demais, esse preço tende a ser ainda maior em nosso mercado. Pelo menos atualmente.

O modelo mais acessível comercializado atualmente no Brasil é o Jac Motors IEV20, custando em torno de R$ 139.900, faixa de preço inacessível à maior parte da população.

Agora, vamos à questão básica de infraestrutura: em países onde o veículo elétrico já é mais popularizado, tem-se toda uma infraestrutura de carregamento elétrico nas ruas, oferecida tanto pela iniciativa privada quanto pela pública. Algo que você dificilmente encontra pelas cidades brasileiras.

Atualmente o Brasil possui cerca de 350 pontos de recarga, parte do plano das montadoras BMW, Volvo e Audi/Porsche/Volkswagen de ampliar a rede de abastecimento. Para se ter uma ideia, apenas a Alemanha já possui mais de 28.000 pontos de recarga espalhados por seu território.

Portanto, o proprietário de um veículo do gênero só poderia recarregar o seu automóvel em sua casa, restringindo muito o seu uso.

Por essas e outras questões, a mobilidade 100% elétrica ainda está distante de nossa realidade por aqui, deixando o veículo elétrico como um bem de luxo e de uso apenas para locomoção dentro das cidades.

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