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Hidrogênio Verde: O que é e quais suas implicações?
O hidrogênio é o elemento químico com maior disponibilidade na terra e seu futuro como fonte de energia parece ser promissor. Seus principais usos são como combustível, já usados em veículos terrestres e aeroespaciais, e como armazenador de energia, como baterias.
Seu meio de obtenção mais viável atualmente é pela eletrólise da água, um processo que necessita de muita energia para sua realização. E é nesse processo que se distingui o Hidrogênio Verde, sendo ele o que utiliza apenas energias limpas e renováveis (normalmente eólica ou solar) para a realização desse processo. Hoje em dia cerca de 90% do hidrogênio produzido utiliza combustíveis fósseis no processo, como gás natural e carvão.
Ele é bem superior aos combustíveis comumente utilizados, gerando cerca de 3 vezes mais energia por unidade de massa que a gasolina e 120 vezes mais que uma bateria de lítio, sendo a água o único resíduo do processo de sua queima. Ou seja, um combustível totalmente limpo.
Porém, há alguns aspectos negativos dessa fonte atualmente, como seu alto custo de produção e transporte, sendo necessária uma grande quantidade de energia para sua obtenção, sua grande perda de energia durante esse processo e o cuidado necessário para seu transporte, sendo exigido elevados requisitos de segurança.
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) considera que a produção de hidrogênio a partir das energias renováveis tem potencial para gerar 19 exajoules de energia em 2050 (cerca de 5% do consumo global). É possível que sejam necessários cerca de 16 TW de capacidade de energia solar e eólica – 120 exajoules – para gerar hidrogênio verde.
O hidrogênio como combustível já é realidade em países como Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha e Japão, e vários projetos estão sendo construídos na Austrália e no Canadá. O Chile apresentou esse ano um plano para acelerar a produção de hidrogênio verde, com o objetivo de se tornar um país neutro na emissão de carbono até 2050.
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