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Dessalinização: Entenda Tudo Sobre o Processo
A dessalinização é o processo de tratamento da água salgada/salobra que retira o excesso de sais minerais e micro-organismos, tornando-a potável. As técnicas existentes mais usadas são:
– Destilação: trata-se do aquecimento da água do mar até seu ponto de ebulição, passando-a para o estado gasoso, depois é resfriada e retornada ao estado líquido em outro recipiente, enquanto os sais ficam no recipiente original.
– Congelamento: Basicamente a água do mar é congelada utilizando algum fluido, de modo que os sais ficam em cima do gelo. Após isso, os sais são retirados e a água é retornada ao estado líquido.
– Osmose Reversa: Nesse caso, a água do mar passa por membranas com permeabilidade seletiva (promovendo uma filtração), devido a uma pressão externa colocada, fazendo o líquido se deslocar do lado com maior concentração de sais para aquele com menor concentração.
Esses processos ainda são muito caros devido à quantidade de energia necessária para seu funcionamento, sendo que a destilação apresenta um custo 10 a 15 vezes superior ao de técnicas com membranas como a osmose reversa.
Unidades de purificação de água com osmose reversa (UPOS) são muito usadas em catástrofes naturais, como quando houve o tsunami nas Ilhas Maldivas ocorrendo escassez de água potável, onde a UNICEF deslocou para a área 23 UPOS que ficavam em navios tratando a água que era levada às vítimas.
A Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) publicou um relatório afirmando que a dessalinização é a maior fonte de água existente para saciar a sede humana. Segundo informação disponível no site da International Desalination Association (IDA), mais de 300 milhões de pessoas no mundo são abastecidas diariamente por meio da dessalinização.
Ao menos 150 países utilizam o método de dessalinização para seu abastecimento regular. O Oriente Médio produz 75% da água dessalinizada do mundo, sendo Israel um dos líderes nessa tecnologia, onde cerca de 80% da água consumida pela população é proveniente do mar.
No Brasil, essa prática vem sendo aplicada desde 2004. O processo é responsável, por exemplo, pelo abastecimento de água no Arquipélago de Fernando de Noronha há uma década.
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